sábado, 12 de março de 2011

quarta-feira, 9 de março de 2011

Dava as minhas asas ao mundo para tu poderes voar, dava o meu coração ao mundo para tu poderes sorrir. És a minha vida. És a minha vida de dia, de noite, quando faz chuva ou sol, quando sorrio ou choro, quando vou de saia ou calça, quando acordo ou quando me deito, quando te amo e quando te adoro, quando me amas e quando me adoras, quer exista trovão ou tempestade, quando te bato, quando me bates, quando me perfuras a pele e me encontras o coração e quando te chateias comigo por escondê-lo debaixo das feitiçarias da minha pele, és a minha vida quando quero, quando não quero, quando desejo, quando te odeio, és sempre a minha vida: quer esteja aqui ou ali, sentada ou de pé, a cantar ou gritar, a gemer ou a sofrer. Desde que os teus olhos atingiram o recanto dos meus e a doçura do teu olhar penetrou na ausência da minha passaste a ser a minha vida. O motivo porque sorrio e rio mesmo quando o mundo desaba e acaba, o motivo porque me levanto e acendo mesmo quando o mundo cai e sobre cai.  Nunca me fujas, não? Seria o desaparecer do chão que me segura e o aparecer da dor que não se cura. Ama-me sempre assim: desta maneira inexplicavelmente inexplicável.
Um dia morro de saudades tuas. Uma semana, três dias, duas horas, um minuto, meio segundo: o que quer que seja. Um dia morro por a minha sede de desejo que cresce, que não apague e que anseia sempre por ti, e por a forma do meu abraço que te pede a toda a hora. Meu amor o teu beijo é o meu mundo, as tuas mãos são o meu toque e o teu sorriso o meu abraço. Está testado: não vivo sem ti e sem o perfume e o cheirinho a mar do caminho da tua pele. Está testado: não vivo sem ti, sem o teu corpo no meu, sem as tuas mãos nas minhas, sem o teu amor no meu. Um dia morro mesmo com saudades tuas. Por não te ter a toda a hora a preencher os espaços do meu corpo e a saliva da minha voz. Porque és a minha felicidade, os bocadinhos que sempre faltaram na loucura que não era a minha vida, as montanhas e os algodões doce da saúde da minha pele. E os teus lábios são o sol e a tempestade mais intensa do meu mundo, o teu olhar é o brilho e a geometria mais bonita e encaixada da minha vida e o teu sorriso é a minha felicidade, o ditador da forma perfeita dos meus lábios, o encantador de serpentes do toque das minhas mãos. És mesmo o meu mundo, sabias? Estar apaixonada por ti é bom. Ser revestida por ti é bom, e qualquer segundo conta para sentir saudades tuas: porque nem mil milhões eternos de anos saciariam este amor que cresce, cresce, cresce e que não pára. Que nunca, nunca, parará.
Adoro quando dizes que vais ficar comigo para sempre: porque adoro sentir saudades assim, saudades boas que nos afogam o coração em mares de desejo e oceanos de amor. Saudades de fazer querer-te mais e mais, e ainda um bocadinho mais. Adoro quando me pedes para nunca te largar: porque adoro saber que nunca vou sofrer com o vazio das tuas mãos e o incolor do teu olhar. Adoro ter-te meu, sentir saudades tuas porque estás perto demais, porque só quero estar contigo, porque não quero deixar de estar contigo. E hoje estou a falar-te de saudades porque nunca vou querer ter saudades más contigo, daquelas que rasgam o nosso coração. Daquelas que o destroem por saber que não voltas mais, que matam somente porque já não resta nada daquilo que o destino prometeu, construiu e nos ensinou a viver mas não a apagar para não viver quando as luzes do candeeiro se desligam e o nosso mundo fica às escuras sem livros de instrução. Adoro quando dizes que vais ficar comigo para sempre: porque adoro sentir saudades assim, destas: que me digam que o calor dos nossos corações nunca se irá apagar e que as luzes dos mesmos também não. Adoro amar-te desta maneira desenfreadamente louca e perspicazmente perfeita da mesma maneira que adoro estas saudades do “Volto mais tarde”.