quarta-feira, 9 de março de 2011

Dava as minhas asas ao mundo para tu poderes voar, dava o meu coração ao mundo para tu poderes sorrir. És a minha vida. És a minha vida de dia, de noite, quando faz chuva ou sol, quando sorrio ou choro, quando vou de saia ou calça, quando acordo ou quando me deito, quando te amo e quando te adoro, quando me amas e quando me adoras, quer exista trovão ou tempestade, quando te bato, quando me bates, quando me perfuras a pele e me encontras o coração e quando te chateias comigo por escondê-lo debaixo das feitiçarias da minha pele, és a minha vida quando quero, quando não quero, quando desejo, quando te odeio, és sempre a minha vida: quer esteja aqui ou ali, sentada ou de pé, a cantar ou gritar, a gemer ou a sofrer. Desde que os teus olhos atingiram o recanto dos meus e a doçura do teu olhar penetrou na ausência da minha passaste a ser a minha vida. O motivo porque sorrio e rio mesmo quando o mundo desaba e acaba, o motivo porque me levanto e acendo mesmo quando o mundo cai e sobre cai.  Nunca me fujas, não? Seria o desaparecer do chão que me segura e o aparecer da dor que não se cura. Ama-me sempre assim: desta maneira inexplicavelmente inexplicável.

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